sábado, 29 de setembro de 2012

Número de transplantes de órgãos cresce 12,7% no Brasil












Após ter batido a meta de doações de órgãos prevista para ser alcançada apenas em 2013, o Brasil
apresenta novos dados para comemorar. O número de transplantes teve aumento de 12,7% no
primeiro semestres de 2012 se comparado com o mesmo período do ano anterior.

Os dados, que foram divulgados nesta quinta-feira (27/09/2012) — Dia Nacional de Doação de
Órgãos — pelo Ministério da Saúde, apontam que, entre janeiro e junho de 2012, foram realizados
12.287 transplantes, enquanto em 2011 foram feitos 10.905 no mesmo intervalo.

O aumento é reflexo do crescimento de doações, que saltou de 997 em 2011 para 1.217 em 2012,
totalizando acréscimo de 22%.

Analisando por região, as regiões Sul e Sudeste ainda se destacam em números absolutos: São
Paulo encabeça o ranking com 4.754 transplantes, seguida por Minas Gerais, com 1.097. Depois
vem a região Sul, com 937 procedimentos no Paraná e 777 no Rio Grande do Sul.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Alzheimer


A doença de Alzheimer (Alois Alzheimer, neurologista alemão que primeiro descreveu essa patologia) provoca progressiva e inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio.

Cerca de 10% das pessoas com mais de 65 anos e 25% com mais de 85 anos podem apresentar algum sintoma dessa enfermidade e são inúmeros os casos que evoluem para demência. Feito o diagnóstico, o tempo médio de sobrevida varia de 8 a 10 anos.

Causas

Não se conhece a causa específica da doença de Alzheimer. Parece haver certa predisposição genética para seu aparecimento. Nesses casos, ela pode desenvolver-se precocemente, por volta dos 50 anos.

Pesquisadores levantam a hipótese de que algum vírus e a deficiência de certas enzimas e proteínas estejam envolvidos na etiologia da doença. Outros especulam que a exposição ao alumínio e seu depósito no cérebro possam contribuir para a instalação do quadro, mas não foi estabelecida nenhuma relação segura de causa e efeito a respeito disso.

Sintomas

* Estágio I (forma inicial) – alterações na memória, personalidade e habilidades espaciais e visuais;

* Estágio II (forma moderada) – dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos; agitação e insônia;

* Estágio III ( forma grave) – resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer, deficiência motora progressiva;

* Estágio IV (terminal) – restrição ao leito, mutismo, dor à deglutição, infecções intercorrentes.

Diagnóstico 

Não há um teste diagnóstico definitivo para a doença de Alzheimer. A doença só pode ser realmente diagnosticada na autopsia. Médicos baseiam o diagnóstico no levantamento minucioso do histórico pessoal e familiar, em testes psicológicos e por exclusão de outros tipos de doenças mentais. Mesmo assim, estima-se que o diagnóstico possa estar equivocado em 10% dos casos.

Tratamento 

Até o momento, a doença permanece sem cura. O objetivo do tratamento é minorar os sintomas. Atualmente, estão sendo desenvolvidos medicamentos que, embora em fase experimental, sugerem a possibilidade de controlar a doença.

Recomendações

Cuidar de doentes de Alzheimer é desgastante. Procurar ajuda com familiares e/ou profissionais pode ser uma medida absolutamente necessária.

Algumas medidas podem facilitar a vida dos doentes e de quem cuida deles:

* Fazer o portador de Alzheimer usar uma pulseira, colar ou outro adereço qualquer com dados de identificação (nome, endereço, telefone, etc.) e as palavras “Memória Prejudicada”, porque um dos primeiros sintomas é o paciente perder a noção do lugar onde se encontra;

* Estabelecer uma rotina diária e ajudar o doente a cumpri-la. Espalhar lembretes pela casa (apague a luz, feche a torneira, desligue a TV, etc.) pode ajudá-lo bastante;

* Simplificar a rotina do dia-a-dia de tal maneira que o paciente possa continuar envolvido com ela;

* Encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta. Quando não consegue mais tomar banho sozinha, por exemplo, pode ainda atender a orientações simples como: “Tire os sapatos. Tire a camisa, as calças. Agora entre no chuveiro”;

* Limitar suas opções de escolha. Em vez de oferecer vários sabores de sorvete, ofereça apenas dois tipos;

* Certificar-se de que o doente está recebendo uma dieta balanceada e praticando atividades físicas de acordo com suas possibilidades;

* Eliminar o álcool e o cigarro, pois agravam o desgaste mental;

* Estimular o convívio familiar e social do doente;

* Reorganizar a casa afastando objetos e situações que possam representar perigo. Tenha o mesmo cuidado com o paciente de Alzheimer que você tem com crianças;

* Conscientizar-se da evolução progressiva da doença. Habilidades perdidas jamais serão recuperadas;

* Providenciar ajuda profissional e/ou familiar e/ou de amigos, quando o trabalho com o paciente estiver sobrecarregando quem cuida dele.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

sábado, 15 de setembro de 2012

Aids

Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), que leva à perda progressiva da imunidade. A doença – na verdade uma síndrome – caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos CD4, células muito importantes na defesa imunológica do organismo. Quanto mais a moléstia progride, mais compromete o sistema imunológico e, consequentemente, a capacidade de o portador defender-se de infecções.

Sintomas

Na maioria dos casos, os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um mal estar passageiro. Quando se manifestam mais intensidade, são os mesmos de várias outras viroses, mas podem variar de acordo com a resposta imunológica de que cada indivíduo.

Os mais comuns são febre constante, manchas na pele (sarcoma de Kaposi), calafrios, ínguas, dores de cabeça, de garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair o vírus.

Nas fases mais avançadas, é comum o aparecimento de doenças oportunistas como tuberculose, pneumonia, meningite, toxoplasmose, candidíase, etc.

Diagnóstico 

Existe um exame de sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado teste Elisa. Em média, ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de risco. Se depois de três meses o resultado for negativo, não há mais necessidade de repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV.

No Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS é possível realizar um teste laboratorial mais rápido, cujo resultado sai algumas horas depois da coleta de sangue.

Transmissão 

O vírus HIV sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo.

AIDS não se transmite por suor, beijo, alicates de unha, lâminas de barbear, uso de banheiros públicos, picadas de mosquitos ou qualquer outro meio que não envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou produtos sanguíneos infectados. Existe também a possibilidade da transmissão vertical, ou seja, da mãe infectada para o feto durante a gestação e o parto (AIDS congênita).

Os pesquisadores ainda não sabem se sexo oral é capaz de transmitir a síndrome. Há, porém, descrição de pessoas que se infectaram ao engolir esperma.

Tratamento

Foi só no final de 1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do HIV. A possibilidade de associar várias drogas diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do tratamento da AIDS, que deixou de ser uma moléstia uniformemente fatal para transformar-se em doença crônica passível de controle. Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma vida bastante longa.

As normas brasileiras e mundiais determinam que não se deve introduzir o coquetel de medicamentos se as células CD4 estiverem acima de 350. Quando seus valores estão entre 200 e 350, a decisão de introduzi-lo deve ser tomada caso a caso. Abaixo de 200, ele é obrigatoriamente indicado para corrigir a deficiência imunológica.

Dentre os efeitos colaterais do coquetel, podemos citar a lipodistrofia, isto é, a redistribuição da gordura pelo corpo. Ela diminui muito no rosto, que fica encovado, nos membros superiores, inferiores e nas nádegas, deixa as veias muito visíveis e provoca acúmulo de tecido adiposo no abdômen.

Além de tonturas, diarréia e enjoos, a toxicidade dos remédios pode provocar danos para o fígado, para os rins, assim como acentuar o processo de aterosclerose e aumentar o risco de doenças coronarianas. No entanto, de modo geral, o tratamento é bem tolerado pelos pacientes.

Prevenção

O uso da camisinha nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da AIDS. Também é imprescindível usar somente seringas descartáveis.

Gestantes devem obrigatoriamente fazer o teste de HIV durante o pré-natal. Se estiverem infectadas, é fundamental iniciar logo o tratamento a fim de evitar que o vírus seja transmitido para o feto. Hoje, é perfeitamente possível para uma mulher infectada engravidar e dar à luz um bebê livre do vírus.

Recomendações

* Use sempre camisinha em todas as relações sexuais;

* Faça o teste Elisa ou o teste rápido oferecido pelo Centro de Referência em Treinamento em DST/AIDS sempre que houver qualquer possibilidade de você ter-se infectado. Mulheres devem realizá-lo antes de engravidar;

* Não considere a AIDS como uma sentença de morte. Depois do aparecimento do coquetel, ela se transformou numa doença crônica que ainda não tem cura, mas pode ser controlada;

* Não desanime diante dos efeitos adversos de alguns medicamentos que compõem o coquetel. Eles podem ser contornados com mudanças no esquema ou com o uso de outros remédios;

* Procure alimentar-se bem e dormir as horas necessárias;

* Não fume nem abuse de bebidas alcoólicas.

Fonte: Dr. Drauzio Varella

Aftas

Aftas são pequenas úlceras rasas que aparecem na cavidade oral, geralmente na mucosa bucal, nas gengivas e embaixo da língua.

Elas são ovais, normalmente brancas (ou levemente amareladas), têm bordas avermelhadas e costumam medir aproximadamente 1 cm de diâmetro.

Causas

Ainda não se sabe exatamente o que provoca o aparecimento das aftas. Entretanto, alguns fatores, isolados ou em conjunto, podem ser determinantes.

Sabe-se que as aftas são mais comuns em mulheres e que cerca de 30% das pessoas acometidas têm casos na família, talvez por associação genética ou exposição ambiental semelhante.

Pequenos machucados decorrentes de acidentes ou escovação excessiva podem criar ambiente propício ao aparecimento das aftas. Além disso, um sistema imunológico debilitado, carência de vitamina B12, reações alérgicas às bactérias bucais, doenças inflamatórias do sistema digestivo e até o estresse emocional podem contribuir para o surgimento das aftas.

É importante lembrar que as aftas NÃO são causadas pelos vírus herpes.

Sintomas

Os sintomas podem aparecer um ou dois dias antes de a afta surgir. É comum surgir ardor ou um tipo de queimação na região afetada. Quando as aftas aparecem em grande número, pode ser difícil engolir alimentos ou líquidos, especialmente os mais ácidos.

Eventualmente, podem aparecer gânglios no pescoço (“ínguas”), cansaço e até febre.

Diagnóstico e Tratamento

Não existe um exame específico para diagnosticar as aftas. É possível identificá-las com o exame clínico. Às vezes, uma biópsia da lesão pode ser necessária, se houver suspeitas de outras doenças.

As aftas pequenas geralmente não precisam de tratamento e desaparecerem em até duas semanas.

Se houver muita dor ou dificuldade para deglutir, pode-se recorrer a tratamentos sintomáticos, como os bochechos com medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, assim como à aplicação de pomadas para uso oral (orabase) com analgésicos. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de anti-inflamatórios sistêmicos (como os corticoides) ou medicamentos para reduzir a acidez estomacal.

Durante a recuperação, algumas medidas simples podem ajudar. Entre elas destacam-se: evitar alimentos ácidos ou muito condimentados (eles são irritantes) e escovar os dentes suavemente. Também ajuda quebrar pequenos pedaços de gelo e deixá-los dissolver na boca, como forma de aliviar a irritação.
Recomendações

Procure um médico,

* Se as aftas forem muito grandes;

* Se as crises de aftas forem frequentes;

* Se for muito difícil deglutir (comidas ou líquidos);

* Se tiver dor que não melhora com analgésicos comuns;

* Se as lesões durarem mais de três semanas;

* Se surgirem lesões nos lábios.

Fonte: Dr. Drauzio Varella